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Olá! Eu me chamo Édson, mas todo mundo me conhece por Édy. Nasci no dia 29 de setembro de 1989, em São Leopoldo, região metropolitana de Porto Alegre. Ainda moro na mesma casa desde que nasci, há quase 25 anos.

 

Desses vinte e quatro anos de vida, pelo menos nos últimos 5 eu me dedico à escrita. Ao longo da minha carreira virtual, digamos assim, eu escrevi 4 novelas, contando com a atual, Terra da Garoa. Criei Mar da Vida, seguida de Talismã e Passos da Paixão. Escrevi duas minisséries: Sons do Amor e O Apagar da Estrela, sendo a primeira não concluída. Escrevi ainda um especial, chamado Fantasia.

 

De todas essas histórias, embora Passos da Paixão tenha relançado meu rosto no mundo virtual, Talismã eu considero como minha novela mais completa, mais bem escrita e com personagens maravilhosos. Era uma trama mais amarrada, com uma mocinha valente, vilões de mexer com os nervos da gente, personagens secundários que roubavam a cena e davam seu recado... A história da novela era muito boa.  E foi um prazer enorme desenvolver tudo.

 

 É engraçado eu fazer isso, criar essas histórias todas, porque na verdade, eu nunca pensei em ser autor de webnovela, mas sempre gostei de escrever. Acabei ligando uma coisa na outra. Depois que eu conheci os sites de roteiro, de histórias virtuais foi que eu decidi que gostaria de virar um “web-autor”.

 

Minha primeira trama escrita foi em 2009, uma minissérie de época chamada Sons do Amor, mas que por diversos motivos, não foi concluída. Aí, no mesmo ano, eu desenvolvi Mar da Vida, minha primeira novela. Ela não tinha uma sinopse muito bem definida, apenas um rascunho daquilo que eu queria. Tanto é que eu ia escrevendo sem saber aonde aquela história toda ia dar. Foi a maior novela que eu escrevi, com 81 capítulos! E guardo boas lembranças desta novela. Fiz um vilão gay, Felipe, que aprontou e muito na história. Malu Galli virou minha atriz preferida para “interpretar” papéis nas minhas histórias depois de fazer a Cristina, uma personagem que sofria de transtorno bipolar de humor. Tantas lembranças boas... A única coisa que eu não repetirei desta novela são os números de capítulos. Escrever 81 capítulos, numa média de 30/35 páginas por capítulo é cansativo.

 

Mas além de ser cansativo, exige muito tempo de dedicação e com tantos afazeres fora da internet, é difícil tocar a novela. Ainda mais nas minhas tramas, onde eu coloco inúmeros temas, muitas tramas paralelas. Eu sempre gosto de abordar temas mais “sociais” digamos assim, principalmente nas tramas paralelas.

 

 Em Mar da Vida, eu trouxe o transtorno bipolar de humor, com a personagem Cristina (Malu Galli). E antes mesmo do Walcyr (Carrasco) lançar o Félix, eu já tinha o Felipe (Sérgio Marone) abalando as estruturas (risos), sendo um vilão gay, porém não assumido. Em Talismã, eu abordei o racismo, através da personagem preconceituosa Onira (Eliane Giardini), que não aceitava o namoro do filho Marcos (Guilherme winter) com a médica negra Adriana (Valquíria Ribeiro). Talismã ainda trazia a prostituição, já que a mocinha da novela, Lívia (Christine Fernandes) era uma garota de programa. Em Passos da Paixão eu retratei os  portadores do transtorno obsessivo-compulsivo, o TOC, com a personagem Celeste (Rafaela Mandelli), bissexualidade, com o trio Renato (Leonardo Vieira), Geórgia (Francisca Queirós) e Ivan (Lázaro Ramos); e a psicopatia também, com a vilã Rosana (Bruna Lombardi). Agora em Terra da Garoa, eu trago o tabagismo, com a personagem Dalva (Malu Galli), o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, TDAH, com o personagem Otávio (Luiz Felipe Mello) e outros.

 

Graças a Deus, mesmo escrevendo sobre temas polêmicos, nunca enfrentei resistência ou críticas negativas sobre as histórias. Pelo contrário, as tramas sempre foram muito bem elogiadas. É uma massagem pro ego, mas também é uma responsabilidade que aumenta e muito!... Não lembro de ter obstáculos que me impedissem de escrever. Talvez o empecilho maior seja o tempo mesmo, a correria do dia a dia. No mais, eu sempre consegui escrever sem que nada me impedisse.

 

 E eu escrevo sobre o que eu quero, sobre o que eu gosto. Me inspiro no dia a dia. Gosto de tramas mais “reais”, sem muita viagem. Lógico, fantasiar é necessário até para que a narrativa aconteça. Mas gosto quando as tramas que eu escrevo possam ser identificadas na rua, na casa do vizinho... Gosto das histórias e da construção destas ao estilo Gilberto e Maneco. (risos) Eu gosto de dizer que sou da escola “gilbertiana” e “manequista”. (risos) Sou fã dos trabalhos de Gilberto Braga, pela forma como ele dinamiza a história, os núcleos bem definidos. Fora que os vilões são um deleite. E também sou fã de Manoel Carlos, o Maneco, pela forma como ele conduz suas histórias. Tenho essa levada do roteiro mais ao natural, com os acontecimentos surgindo sem atropelos, sem uma agilidade muito grande. Até porque, nossa vida não é corrida assim... (risos) Então, procuro mesclar as influências desses dois mestres na minha escrita.

 

Gosto também do pessoal virtual. Há grandes talentos nessa caixa mágica. Henrique Sebastian, além de ser meu amigo, foi autor de Sol e Mar. Tem um texto maravilhoso. Estou sempre enchendo o saco dele pra que ele escreva mais e mais, pois é um talento que lapidando, ninguém segura! Diogo de Castro tem um texto ótimo também, um roteiro claro, direto. Luiz Gustavo com seu estilo literário também merece destaque, porque traz uma outra visão de dramaturgia, sem a técnica do roteiro. Márcio Gabriel, Vitor Marçal, e tantos outros. Walter Azevedo e Cristina Ravela, a Zih, com sua série Raiza também me inspira. Tenho projetos de seriados, para o futuro, e me inspiro nessa galera que escreve série para poder criar uma base de trabalho.  Eu não posso esquecer de citar aqueles que administram essa coisa toda! Bruno Olsen, presidente da WebTV, que também é um grande autor, conduz a emissora de forma primorosa, mantendo a qualidade e buscando sempre a renovação, sem perder a mão. Félix também, num estilo mais sério (acho ele meio Roberto Justus, risos), também leva o TVV com maestria. O site, especializado no estilo literário, é referência, sem sombras de dúvida, no mundo virtual.

 

Essas pessoas são exemplos de dedicação, perseverança, pesquisa, visão. Acho que me identifico com essas qualidades. São um pouco minhas também. Não desisto das minhas ideias, dos meus projetos. Procuro organizar tudo para acontecer no tempo certo, para surtir tal efeito. A gente precisa ter essa preparação, deixar a coisa rolar, dançar conforme a música e não avançar etapas.

 

Por isso que, quando eu estou escrevendo, elaborando um projeto, MPB, bossa nova, pop e carnaval invadem minha cabeça numa miscelânia sem fim! (risos) Sou um pouco disso tudo, não apenas quando escrevo, no mundo virtual, mas na minha vida pessoal. Sou funcionário público aqui na minha cidade, além de participar ativamente da cultura carnavalesca como um todo. Eu sou enredista (responsável pela criação do tema enredo) de uma escola de samba aqui em são Leopoldo, integro o CETE (Centro de Estudos e Pesquisa Sobre Tema Enredo e Memorial do Carnaval), que é referência nacional no estudo de tema enredo e carnaval como um todo. Já fui jurado no carnaval de Porto Alegre e outras cidades do interior, palestrantes em diversas cidades sobre enredo e carnaval, além de ser colaborador em um site do ramo.

 

Com tanto carnaval na minha vida, é preciso colocar um pouco de ordem e achar tempo para me organizar nas histórias. (risos) Porque eu gosto de escrever as tramas numa narrativa natural e com um português muito bem aplicado. Pelo menos me esforço pra isso. Acho que é fácil identificar quando o texto é meu pela forma como a história é contada. Nada é acelerado, os fatos, os acontecimentos vão se desenrolando de forma natural. Um assassinato pode levar 3 capítulos para acontecer. No primeiro ele é planejado, no segundo é feita a aproximação da vítima com o assassino e no terceiro é que realmente acontece o crime. Porque na vida as coisas são assim. Ninguém planeja um assassinato em 2 horas ou de um dia pro outro. Tudo é estudado. Dei esse exemplo (talvez nem tão bom, porque assassinato é triste) mas para ilustrar que eu não corro com a história.

 

Eu não gosto nem de correr com a minha vida. Sou fã ao máximo da frase que a minha mãe sempre fala. “Tudo tem seu tempo”. Então eu vou vivendo a minha vida no tempo dela. Óbvio, tenho planos sim para o futuro, todo mundo tem e quem não tem, precisa ter, urgente! A vida sem metas é sem graça. Eu pretendo estar realizado, pessoalmente, profissionalmente, financeiramente, em tudo, independente do que eu estiver fazendo. E com saúde, porque sem saúde a gente não faz nada. Eu rezo todas as noites antes de dormir, agradecendo pelo o dia que eu tive, independente do que aconteceu. A gente precisa agradecer, sempre! Só pelo fato de respirar!...

 

Eu tenho um sonho de ser feliz. Clichê, não é? Mas é esse o meu sonho. Tudo o que eu estou vivendo agora, mesmo com os altos e baixos, me deixa feliz. Como é bom passar por uma dificuldade, pra aprender a dar valor, aprender a ter força e vencer!

 

Eu sempre acreditei muito em mim e no meu potencial. Não fiz de mim um Narciso, convencido e vaidoso. Nem fiquei fazendo modéstia. Humildade e respeito acima de tudo. Mas é fundamental a gente saber o nosso lugar e ter propriedade disso, ter noção da nossa participação no mundo, nos grupos, nos meios onde vivemos, transitamos. Ninguém é mais que ninguém, mas é preciso saber que se há uma hierarquia, é preciso ser respeitada, e que se é um grupo, todos têm de opinar e participar. É preciso saber jogar em todas as áreas e estar aberto para enfrentar todas as situações.

 

Me considero plural, multi e ao mesmo tempo ímpar. A eterna busca de equilíbrio da balança (sou libriano nato!). Me considero bom amigo, bom escritor, eterno aprendiz. E feliz. Simples assim.

Obrigado pela oportunidade pessoal! Valeu! Contem sempre comigo para o que precisar!

Agradecimento

Édy Dutra

 

Criado por
Luiz Gustavo e

Márcio Gabriel


Edição

Félix Crítica
 

Direção de Arte:

Márcio Gabriel

 

Direção Geral:

Félix Crítica

 

Realização:
TVV - Tv Virtual

FIM DA EDIÇÃO

a vida de Édy Dutra

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